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Mostrando postagens de setembro, 2011

MOMENTO PÉ NA ESTRADA - pra vender sonhos

DIÁRIO DE UM ESCRITOR ERRANTE - post 2

Continuação de Caxias ( Manhã de 15/09/11 – quinta-feira ) Quando levantei percebi que não tinha levado para a viagem sabonete, creme dental e escova de cabelo. Tomei um banho só com água, pus a minha toca na cabeça e saí em busca de um supermercado. Comprei o que precisava e voltei para a pousada. Eu tinha visto a lanchonete do posto de gasolina aberta e achado que ali seria o lugar perfeito para o café da manhã, mas quando perguntei descobri que só havia caldo de cana e coxinha. Até que eu gosto das duas coisas, mas pela manhã, em jejum, não era exatamente o café dos sonhos. Porém, como a pousada fica num ponto já meio afastado, eu sabia que a minha segunda opção seria sair procurando outro lugar pelo bairro a fora para tomar café, gastando sabe-se lá quanto tempo. Acontece que eu estava eufórico para sair logo vendendo meus livros; tempo era uma coisa que eu não podia perder. Encarei o caldo de cana com coxinha. Tomei um banho de verdade, me arrumei e, como eu havia previsto, t

DIÁRIO DE UM ESCRITOR ERRANTE - post 1

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                                                                                                                                1 ª Jornada: Caxias-MA CAXIAS - MARANHÃO POPULAÇÃO: 148.072 ÁREA: 5.224 km ( Noite de 14/09/11 - quarta-feira ) Cheguei em Caxias por volta das 21:00hs. Ia me hospedar numa pousada ao lado da rodoviária, mas quando me informei sobre a distância dali ao centro da cidade mudei de ideia, porque fiquei sabendo que era bem longe. Peguei um moto-taxi e pedi ao motoqueiro que me levasse a alguma pousadinha, simples e barata, é claro, mas que ficasse pelo menos mais próxima ao centro. O motoqueiro logo me falou com entusiasmo de uma pousada no centro para onde sempre levava seus passageiros recém-chegados à cidade, e nos mandamos para lá. Fiquei olhando as ruas sossegadas durante o percurso, algumas bem abertas e iluminadas, e até com certo movimento; outras, mais desertas, muito estreitinhas e com algumas ladeiras. Ao chegarmos na pousada de que o mot

PLUMAS DE CINZA

                        Fechou a janela de abas metálicas e tornou a abri-la só para produzir qualquer ruído que o impedisse de ouvir a voz do pai. Gostou da idéia. Prosseguiu com o movimento, sem perceber que ele agora era quem parecia o louco. De uma única coisa tinha certeza – não valia a pena ser duro com alguém assim.             Como não ousava dizer nada pensava em encarar severamente o pai, mas não ousava fazer isso também. Sabia como eram os olhos do velho em momentos assim, não gostava de vê-los. Pensava em como tudo seria melhor se aquele homem fosse um pai de família equilibrado, que medisse as palavras. Ah, que medisse as palavras, acima de tudo que medisse as palavras. Via a mãe espoletar-se também do outro lado da casa, mas algo lhe dizia que aquele comportamento era um inevitável reflexo, consequência de mais de trinta anos de convivência com o marido de personalidade inconsistente, de caráter débil.             Esse reflexo do pai na mãe era tão perfeito que causava po

VIDA DE ESCRITOR ERRANTE - Primeira Jornada: Caxias-MA

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Algumas imagens da primeira viagem regional para vender o meu livro Balada Suburbana. Nos próximos dias, postarei o texto do diário .  É que ele foi escrito a mão, ainda preciso digitar e revisar. E arranjar tempo é o bicho.   Ta pensando que escritor errante pode pagar hotel bacana? Enquanto o sol "se acalma um pouquinho", um belo momento com Jane Austen para recarregar a bateria. Daqui a pouco tem mais dureza. Posto Vila Nova, no bairro Pirajá, em Caxias-Ma De saída para o trampo. Quarto da pousada Vila Nova. Fui adventista na adolescência. Centro Cultural de Caxias. Não entrei porque sabia que passaria o dia inteiro lá.  E eu estava aí para vender  Balada Suburbana.  A missão inclui alguns sacrifícios. Pousada Vila Nova, por trás do posto.

EU, MEU LIVRO, E PÉ NA ESTRADA - diário de uma aventura pelo sonho e pela arte

            Esta semana começo a minha jornada regional de pequenas viagens para divulgar o meu livro Balada Suburbana.             Minha decisão de viver de arte foi tomada há anos. Desde então, as adversidades encontradas foram muitas, mas até aqui tenho encontrado também forças para persistir lutando pela realização dos meus propósitos. E, a despeito de qualquer obstáculo, os projetos não param de surgir, o desejo de fazer da arte mais e mais o foco de todas as minhas ações parece se fortalecer a cada dia.             Depois de atuar por cinco anos como funcionário contratado da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, e agora novamente desempregado, não me passa pela cabeça exercer qualquer outra profissão que não esteja vinculada à criação artística, apenas como atividade de sobrevivência. Para mim, qualquer outro trabalho que me rendesse muito dinheiro mas me separasse da arte, funcionaria muito mais como atividade de mortificação.             Por felicidade, meu livro d

A VISITA DE EDWARD CULLEN

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NOTA : O conto a seguir é uma fanfiction – uma história de ficção, utilizando o universo imaginário do personagem Edward Cullen, da saga Crepúsculo de Stephenie Meyer. A história se passa no episódio de "Lua Nova", quando Edward decide ir embora de Forks, tentando com isso proteger Bella.                E só para lembrar: as leis de direitos autorais norte-americanas não consideram as fanfictions ilegais, e até mesmo estimulam sua produção; portanto, como a saga Crepúsculo é uma obra norte-americana, não estou cometendo nada fora da lei. Mas se você deseja escrever uma fanfiction com a obra de algum escritor brasileiro, cuidado: por aqui ainda é ilegal .   PARTE I Celina foi a única da família Monteiro a não ir ao aeroporto receber o amigo americano. Seus pais sempre lhe falaram dos Cullen e do seu modo de vida na pequena e eternamente nublada Forks. Celina não podia deixar de ficar fascinada pelas notícias de uma família inteira de vampiros vivendo numa cidade on