Postagens

Mostrando postagens de 2011

DIÁRIO DE UM ESCRITOR ERRANTE - post 4

Conclusão de Caxias NOTA: Esta parte do relato de Caxias será apenas um resumo; o motivo disto é que já se passou um mês e meio desde os acontecimentos do meu último dia naquela cidade, e uma tentativa de recuperar o frescor da narrativa não seria muito eficaz. (16/09/2011 – sexta-feira) Em suma, meu segundo e último dia de trabalho em Caxias foi um sucesso. O dia anterior, em que muitas coisas deram erradas, funcionou como um tipo de aquecimento. Fazia muito tempo que eu não saía por aí vendendo uma publicação minha; a última vez havia sido em 2005, quando publiquei o folheto Poesia & Atitude. Era natural que o vendedor Eduardo estivesse bastante enferrujado. Mas nesse segundo dia em Caxias comecei a experimentar a sensação de vitória que passaria a fazer parte do meu cotidiano nas diversas cidades que eu visitaria depois dali. Acordei cedo, fui trabalhar no campo selecionado no dia anterior e fiz uma excelente venda. Como sempre, muitas situações inusitadas e momentos intere

LIVRO PIAUIENSE PUBLICADO PARA TODO O BRASIL

Imagem
Balada Suburbana é o livro de contos que marca a estreia do poeta Eduardo Prazeres na prosa de ficção. Vinte histórias curtas, trazendo a poesia rústica da periferia com envolventes pitadas de fantasia e sobrenatural. Você já pode adquirir o seu exemplar impresso ou na versão e-book pelo site da editora Biblioteca 24 Horas ( www.biblioteca24horas.com ) ou o da Livraria Cultura ( www.livrariacultura.com.br ) Ou ainda, se preferir, você pode adquirir um exemplar promocional da edição independente, fazendo o seu pedido diretamente ao autor, pelo e-mail ducaprazeres@hotmail.com Entrega pelos correios em todo o Brasil.

Para os que acompanham o blog

Para os que têm acompanhado minhas postagens, em particular os que se interessaram pelos meus relatos de vendedor do meu próprio livro, peço desculpas pelo atraso nos trechos do diário publicado aqui. É bastante exaustivo (apesar de infinitamente prazeroso) trabalhar com venda externa do jeito que eu trabalho - visitando dezenas de pessoas por dia, vendendo o livro de um em um. Por isso, quando consigo ficar um dia em casa, confesso que quero mesmo é descansar. Tenho escrito muito pouco ultimamente, até mesmo as notas para o meu próximo romance (A LENDA DE ARCÂNIA) estão em atraso. Mas estou vivendo o imenso prazer de ver meu livro BALADA SUBURBANA sendo comprado, lido e até mesmo elogiado nas diversas cidades por onde tenho passado. Se continuar nesse ritmo, precisarei cobrar da imprensa local um levantamento para saber se (como desconfio) não sou o escritor piauiense mais vendido do momento. Contudo, estou firme no propósito de postar aqui tudo que acontecer neste período da minha v

DIÁRIO DE UM ESCRITOR ERRANTE- post 3

Continuação de Caxias NOTA: Depois de Caxias, já visitei várias outras cidades ( José de Freitas, União, Altos, Monsenhor Gil, Demerval Lobão, Piripiri, Água Branca, Campo Maior ), só que ainda não tive tempo de escrever e postar tudo aqui. Mas isso vai acontecer. Será que vai virar livro? rsrssrrs. Quem sabe... (Tarde do dia 15/09/11 – quinta-feira) Chegando na pousada depois daquela manhã exaustiva senti que estava realmente desanimado. Poucas vendas para muita expectativa. Pus-me a pensar no que poderia ter me atrapalhado naquele primeiro dia. Eu havia trabalhado com afinco e durante tempo suficiente para obter uma boa produção. A explicação mais aceitável que eu encontrava era o fato de ter trabalhado diretamente no centro, por não conhecer bem a cidade. Nos arredores do centro eu sempre consigo vender melhor o meu livro. Tomei um banho e me atirei na cama, sem muito ânimo pra ler ou fazer qualquer outra coisa pra matar o tempo enquanto chegava a hora de sair de novo, à tard

MOMENTO PÉ NA ESTRADA - pra vender sonhos

DIÁRIO DE UM ESCRITOR ERRANTE - post 2

Continuação de Caxias ( Manhã de 15/09/11 – quinta-feira ) Quando levantei percebi que não tinha levado para a viagem sabonete, creme dental e escova de cabelo. Tomei um banho só com água, pus a minha toca na cabeça e saí em busca de um supermercado. Comprei o que precisava e voltei para a pousada. Eu tinha visto a lanchonete do posto de gasolina aberta e achado que ali seria o lugar perfeito para o café da manhã, mas quando perguntei descobri que só havia caldo de cana e coxinha. Até que eu gosto das duas coisas, mas pela manhã, em jejum, não era exatamente o café dos sonhos. Porém, como a pousada fica num ponto já meio afastado, eu sabia que a minha segunda opção seria sair procurando outro lugar pelo bairro a fora para tomar café, gastando sabe-se lá quanto tempo. Acontece que eu estava eufórico para sair logo vendendo meus livros; tempo era uma coisa que eu não podia perder. Encarei o caldo de cana com coxinha. Tomei um banho de verdade, me arrumei e, como eu havia previsto, t

DIÁRIO DE UM ESCRITOR ERRANTE - post 1

Imagem
                                                                                                                                1 ª Jornada: Caxias-MA CAXIAS - MARANHÃO POPULAÇÃO: 148.072 ÁREA: 5.224 km ( Noite de 14/09/11 - quarta-feira ) Cheguei em Caxias por volta das 21:00hs. Ia me hospedar numa pousada ao lado da rodoviária, mas quando me informei sobre a distância dali ao centro da cidade mudei de ideia, porque fiquei sabendo que era bem longe. Peguei um moto-taxi e pedi ao motoqueiro que me levasse a alguma pousadinha, simples e barata, é claro, mas que ficasse pelo menos mais próxima ao centro. O motoqueiro logo me falou com entusiasmo de uma pousada no centro para onde sempre levava seus passageiros recém-chegados à cidade, e nos mandamos para lá. Fiquei olhando as ruas sossegadas durante o percurso, algumas bem abertas e iluminadas, e até com certo movimento; outras, mais desertas, muito estreitinhas e com algumas ladeiras. Ao chegarmos na pousada de que o mot

PLUMAS DE CINZA

                        Fechou a janela de abas metálicas e tornou a abri-la só para produzir qualquer ruído que o impedisse de ouvir a voz do pai. Gostou da idéia. Prosseguiu com o movimento, sem perceber que ele agora era quem parecia o louco. De uma única coisa tinha certeza – não valia a pena ser duro com alguém assim.             Como não ousava dizer nada pensava em encarar severamente o pai, mas não ousava fazer isso também. Sabia como eram os olhos do velho em momentos assim, não gostava de vê-los. Pensava em como tudo seria melhor se aquele homem fosse um pai de família equilibrado, que medisse as palavras. Ah, que medisse as palavras, acima de tudo que medisse as palavras. Via a mãe espoletar-se também do outro lado da casa, mas algo lhe dizia que aquele comportamento era um inevitável reflexo, consequência de mais de trinta anos de convivência com o marido de personalidade inconsistente, de caráter débil.             Esse reflexo do pai na mãe era tão perfeito que causava po

VIDA DE ESCRITOR ERRANTE - Primeira Jornada: Caxias-MA

Imagem
Algumas imagens da primeira viagem regional para vender o meu livro Balada Suburbana. Nos próximos dias, postarei o texto do diário .  É que ele foi escrito a mão, ainda preciso digitar e revisar. E arranjar tempo é o bicho.   Ta pensando que escritor errante pode pagar hotel bacana? Enquanto o sol "se acalma um pouquinho", um belo momento com Jane Austen para recarregar a bateria. Daqui a pouco tem mais dureza. Posto Vila Nova, no bairro Pirajá, em Caxias-Ma De saída para o trampo. Quarto da pousada Vila Nova. Fui adventista na adolescência. Centro Cultural de Caxias. Não entrei porque sabia que passaria o dia inteiro lá.  E eu estava aí para vender  Balada Suburbana.  A missão inclui alguns sacrifícios. Pousada Vila Nova, por trás do posto.