NADA A DIZER

 

Bem, num blog praticamente não visitado como o meu (este aqui), talvez não seja nenhuma insanidade ceder ao desejo de cumprir o desafio de escrever 200 palavras, pouco mais de meia noite e meia, antes de desligar o notebook, ir tomar banho e dormir, mesmo sem a mínima idéia de sobre o que falar e o que dizer. Já se foram 61 palavras, e agora mais. Mas é possível que este “não saber o que dizer”, por si só, já diga muita coisa. 83 palavras, e agora mais. Na verdade, não se trata de “mente vazia” ou algo assim, a cabeça está mesmo é repleta de pensamentos fragmentados e desconexos entre si. Os números alarmantes da pandemia, o romance interrompido na página 307 há meses, a conta quebrada na corretora e a ansiedade de voltar a fazer trades no mercado financeiro – acho que vou passar a operar o mini dólar. 150 palavras, e agora mais. Pode ser que um dia alguém até use o texto, numa aula de metalinguagem ou coisa assim. Ou que ele vire mesmo só motivo de chacota (é que o escritor tem a necessidade de imaginar sempre um destino nobre para seus textos, entende?) Caramba!, 201 palavras – 2003 agora. E agora, um pouco mais.

 

Eduardo Prazeres

08/04/2021 – às 00:54

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