COMO ESTE LIVRO FOI PUBLICADO
A
publicação deste livro é uma realização do SIEC – Sistema de Incentivo Estadual
à Cultura, financiada pela empresa teresinense @ntenão.
Meses antes, ainda no segundo semestre de
2012, na tentativa de uma publicação independente, criei e pus em prática um
projeto editorial que eu chamei de ESCOLA AMIGA DAS LETRAS. Como chegou a ser
parcialmente realizado e representou o passo inicial que me levaria ao SIEC,
vai aqui um breve comentário sobre o projeto.
Concebi o projeto ESCOLA
AMIGA DAS LETRAS como um mecanismo de autopublicação para o meu livro Crispim e a Sétima Virgem. Utilizando
uma metodologia muito simples, sistematizei o projeto da seguinte maneira:
a) O projeto se realizaria com o apoio
das escolas das redes pública e particular de Teresina;
b) As escolas interessadas, que
aderissem ao projeto, se chamariam “Escolas Amigas”;
c) Cada Escola Amiga compraria para a
sua biblioteca, com pagamento antecipado, um pacote mínimo de 10 exemplares do
livro;
d) Deveria ser formado um grupo de,
pelo menos, 30 Escolas Amigas;
e) O dinheiro arrecadado com a venda
antecipada dos pacotes financiaria a publicação do livro;
f) A entrega dos pacotes de livros
para as Escolas Amigas seria feita durante o evento de lançamento da obra;
g) Seriam oferecidas algumas
contrapartidas para cada Escola Amiga, como: a inserção do nome da escola numa
lista no miolo do livro, assim como em todo o material publicitário a ser
impresso sobre o livro; uma palestra minha sobre Produção Independente no
Mercado Editorial; descontos sobre o preço de capa do livro para todos os
professores e alunos da escola.
Uma vez elaborado o projeto,
tratei de pô-lo em prática, apresentando-o em várias escolas de todas as
regiões de Teresina. Com exceção a umas três ou quatro tentativas, praticamente
não apresentei o projeto em escolas particulares, focando meu trabalho nas
escolas públicas, principalmente nas da rede estadual.
As primeiras visitas e
conversas com diretores ocorreram em setembro de 2012, e, com muito afinco, sem
me dar ao luxo de escolher a distancia ou o horário para visitar cada escola,
trabalhando os três turnos sempre que me era possível, cruzando Teresina de uma
ponta a outra e sacudindo dentro de ônibus lotados de manhã, de tarde e de
noite, logo consegui agendar um vantajoso número de escolas interessadas em
participar do projeto.
Entretanto, por diversas
razões, muitas escolas foram postergando a resposta ao projeto, o que me
obrigava a retornar a uma mesma escola diversas vezes – pois nem sempre o
contato por telefone era possível –, pleiteando uma resposta definitiva da
direção. E muitos diretores insistiam em hesitar, o que me levou a desistir em
vários casos.
A enorme lista que eu tinha
conseguido formar com nomes de escolas “pretendentes” a apoiadoras foi
diminuindo.
Mesmo assim, segui em
frente. Uma experiência em particular me fortaleceu: o coordenador de uma
escola, na zona sul, e o diretor de outra, na zona norte, não dispondo de recursos
institucionais naquele momento, apoiaram o projeto com dinheiro do próprio
bolso.
Em dezembro, quando recebi o
apoio da última escola que havia conseguido conquistar, tinha chegado a um
grupo de 14 Escolas Amigas – número de apoiadores insuficiente para bancar as
despesas da publicação. Eu estava parcialmente derrotado, pois o cronograma do
projeto previa o lançamento do livro para novembro. E agora, seria necessário
aguardar todo o recesso de fim de ano e a volta às aulas, em 2013, para poder
dar prosseguimento ao trabalho.
Busquei manter o otimismo,
mas a verdade é que me sentia bastante angustiado. Em breve os diretores que
haviam feito a compra antecipada começariam a cobrar os pacotes de livros, os
quais ainda nem existiam. Em último caso, eu teria de devolver o dinheiro às
escolas, causando um contratempo na contabilidade das mesmas e aceitando o
fracasso do projeto, o que eu definitivamente não estava disposto a deixar
acontecer.
Fiz contato com algumas das
Escolas Amigas e fui procurado por outras. Expliquei a situação e, felizmente,
pude contar com a compreensão dos diretores.
Decidido a não perder tempo,
em janeiro criei uma nova versão do projeto, que propunha a compra de pacotes
de 500, 1.000, 2.000 e 3.000 exemplares do livro. Essa nova versão se dirigia
aos órgão públicos responsáveis pela Educação e a Cultura no Piauí. Tirei
cópias e protocolei o projeto na SEDUC, na Fundação Municipal de Cultura
Monsenhor Chaves e na FUNDAC.
Em visitas agendadas para
falar com os responsáveis pelos referidos órgãos,ouvi de todos a possibilidade
de uma aprovação do projeto. No entanto a confirmação só poderia ser dada após
o carnaval. E enquanto os pés da maioria dos brasileiros sambavam de alegria, o
meu coração sambava de ansiedade.
Mas Deus abençoou o meu
esforço, e foi na primeira instituição que revisitei depois do carnaval, a
FUNDAC, que eu ouvi a grande notícia. A presidente da instituição, a atriz Bide
Lima, me informou sobre a reformulação do SIEC. O governador Wilson Martins
havia sancionado, no dia 8 de fevereiro, a reformulação proposta por Bide Lima
e pelo deputado Fábio Novo. O SIEC agora estava desburocratizado e mais
acessível aos produtores culturais do Estado. Bide sugeriu que eu apresentasse
o meu projeto via SIEC, e me deu os esclarecimentos de como o programa
funcionava, o que me deixou bastante estimulado.
Alguns dias depois voltei à
sede da FUNDAC, já com o formulário preenchido. Protocolei e fiquei aguardando
o parecer do Conselho Deliberativo, coisa que, como não poderia deixar de ser,
me rendeu incontáveis noites insones.
Quando, por fim, saiu o
resultado, no dia 18 de março, toda a minha batalha fora compensada – o meu
projeto estava aprovado!
Crispim
e a Sétima Virgem,
meu primeiro romance (ou “conto longo”, como o classifica seu revisor, Vitorino
Rodrigues) – e também a primeira adaptação da maior lenda do folclore piauiense
para este gênero literário – seria honrosamente publicado!
Claro, nem tudo estava
resolvido. Como o SIEC é uma lei de mercenato, eu ainda tinha pela frente a nem
um pouco fácil missão de encontrar uma empresa disposta a patrocinar o projeto,
por meio do incentivo fiscal, com o valor investido deduzido do seu ICMS. Por se
tratar de um patrocínio a custo zero, teoricamente poderia-se dizer que seria
facílimo conseguir a empresa patrocinadora. Mas a melhor maneira que eu encontro
para resumir os três meses em que visitei dezenas de empresas em Teresina, em
busca desse apoio, é dizendo que esse processo foi outra verdadeira odisséia,
cujo relato detalhado preencheria um livro inteiro.
E é justamente por este
motivo que eu tenho não apenas a obrigação, mas também a imensa satisfação de
dar todo o destaque possível ao meu patrocinador, a empresa @ntenão, na pessoa
do seu proprietário, o sr. Elias Batista Dias, que sempre me recebeu com tanta atenção
e gentileza, e que teve a sensibilidade de compreender os benefícios mútuos de
apoiar esta publicação. Meu muito obrigado ao @ntenão!
Preciso fazer um
agradecimento especial também à FUNDAÇÃO
QUIXOTE. Por volta de outubro de 2012 procurei a sede da instituição, onde
fui recebido pelo seu presidente, Cássio Gomes. Cássio foi muito franco com
relação à impossibilidade de apoio financeiro, mas ficou com uma cópia do
projeto. Dias depois recebi, lisonjeado, a ligação do professor Luís Romero, em
que ele me dizia que a FUNDAÇÃO estava disposta a me fornecer o seu selo
editorial e fazer o registro da obra. Recebi a proposta como algo muito
honroso, visto que a FUNDAÇÃO QUIXOTE,
há mais de uma década, vem realizando o importante Salão do Livro do Piauí, um
evento de visibilidade e prestígio nacionais, e trazer o selo da instituição na
capa do meu livro, para mim, seria um privilégio. Ao longo dos meses fui me
comunicando com Cássio Gomes, que fez o registro do livro na Biblioteca Nacional, a aquisição do número de
ISBN e a geração do código de barras. E é assim que o livro vem a público com
aprovação do SIEC, financiamento do @ntenão e o selo editorial da FUNDAÇÃO QUIXOTE.
Quanto ao projeto ESCOLA
AMIGA DAS LETRAS, em hipótese alguma quero considerá-lo um fracasso. Certamente
teria sido um processo muito mais longo e penoso, mas ficou claro que, mesmo
lentamente, teria funcionado. Foi a ideia desse projeto que impulsionou a minha
atitude. Pretendo, inclusive, dar prosseguimento a essa ideia, adaptando-a à
nova realidade, que é a do livro já publicado.
Além do que, como ação de
Pré-Venda, pode-se dizer que foi um genuíno sucesso. Afinal, 14 escolas
compraram pacotes do livro antes mesmo que ele estivesse impresso. Por isso, é
assim que desejo classificar, certamente com mais justiça, o ESCOLA AMIGA DAS
LETRAS – um projeto de Pré-Venda do livro junto às escolas de Teresina.
E é para honrar o
compromisso assumido com as Escolas Amigas, as quais me apoiaram no passo inicial
desta publicação, que ostento a seguir, com muita satisfação e sincera
gratidão, a lista com seus nomes.
Escolas
apoiadoras do projeto de pré-venda
ESCOLA
AMIGA DAS LETRAS
COLÉGIO COETEL
COLÉGIO ESTADUAL ZACARIAS DE
GÓIS (LICEU)
ESCOLA CIDADÃO CIDADÃ
ESCOLA MUNICIPAL PARQUE ITARARÉ
U.E. AURISTELA SOARES LIMA
U.E. DIDÁCIO SILVA
U.E. FUNDAÇÃO NOSSA SENHORA
DA PAZ
U.E. JAMES AZEVEDO
U.E. JOÃO CLÍMACO DE ALMEIDA
U.E. MARIA MODESTINA BEZERRA
U.E. ODILO DE BRITO RAMOS
U.E. PROFESOR EDGAR TITO
U.E. PROFESSORA CONCEIÇÃO
SALOMÉ
U.E. SEVERIANO SOUSA
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